sexta-feira, 15 de maio de 2009

Chandala, o auto-crítico

Mais um episódio exemplar da nefanda hipocrisia de um certo círculo político: a expressão sardónica do soba da Madeira, pousando o dedo indicador sobre os lábios - um schhhh! sibilante, um show viperino a alimentar os media, a pedir por tudo quanto é flash. O falso silêncio de inimizades fidagais, sob máscaras movidas todas elas a sorrisos de autómatos, dando o mote à repisada e grotesca farsa. E em favor de quem e de quê? De um protocolo e putativo sentido de Estado. Esses pró-formas para os quais escancaram as vísceras, à mínima oportunidade, do alto de outras tribunas. Pois, as convicções são fortes e os sobas de cá e lá, uns verdadeiros crentes e pregadores da verticalidade. São tão convictos, tão plenos de convicções, que quando se encontram, as conviniências de um low profile as varrem de imediato sob o tapete. Mas, à distância, aí sim, são homens, homens de guelra bem lubrificada.

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